HISTÓRIA DAS TINTAS



TINTAS NO MUNDO

Por muitos séculos, as tintas foram empregadas pelo seu aspecto estético. Mais tarde, quando introduzidas em países do norte da América e da Europa, onde as condições climáticas eram mais severas, o aspecto proteção ganhou mais importância. Sua utilização nas áreas de higiene e iluminação é resultado da ciência e da mecânica moderna. Por essa razão, descreveremos primeiramente a história e o desenvolvimento dos revestimentos através do tempos até atingirmos a moderna tecnologia.



ARTE PRÉ-HISTÓRICA
Os arqueólogos têm descoberto desenhos em cavernas e gravuras sobre rochas que datam de antes da Era Glacial. Alguns desenhos foram feitos em monocromia, com óxidos de ferro naturais ou ocre vermelho. Outros artistas paleolíticos usavam um conjunto de materiais que consistia de cal, carvão, ocre vermelho ou amarelo e terra verde. A técnica empregada era simples, pois as cores eram preparadas com os próprios dedos e algumas vezes prensadas entre as pedras. Naturalmente esses desenhos não possuíam nenhuma durabilidade a não ser em ambientes favoráveis (como os desenhos das cavernas).

Os melhores espécimes foram achados em Altamira, Espanha, onde um desmoronamento, provavelmente no final da última Era Glacial, havia selado uma caverna por milhares de anos. Os trabalhos de duas escolas daquela época foram ali encontrados, e constatou-se que haviam sido desenhados por duas raças distintas. (Se essas raças eram capazes de se comunicar entre si, não diferiam muito dos nossos quando discutimos o que chamamos Arte Moderna. A técnica desses artistas ainda é empregada em desenhos feitos com os dedos e em trabalhos com aquarelas).

Descobertas no deserto da Líbia revelaram um tipo de desenho que seria utilizado muitos anos depois pelos Egípcios. Ele teria dado origem ao sistema de hieróglifos dos Egípcios e, depois, ao alfabeto fenício. Este tipo de desenho e sua técnica, de uma forma geral, ainda são empregados por várias tribos do centro da África. No oriente, o homem desenvolveu lápis coloridos com propósitos decorativos por volta de 4000 A.C., feitos pela mistura de pigmentos com caulim.



OS PRIMEIROS MATERIAIS EGÍPCIOS
O clima seco do Egito não servia como estímulo para o desenvolvimento de revestimentos protetores, exceto para os navios. Entretanto, os Egípcios são exemplos nas artes decorativas, utilizadas em pinturas de paredes, sarcófagos ou em papiros manuscritos, os quais pertencem à Arte Egípcia do período de 8000 a 5000 A .C.. Foi durante esse período que surgiram os primeiros pigmentos sintéticos, embora algumas das primeiras cores Egípcias fossem derivadas de solo natural. O que hoje é conhecido como Azul do Egito era composto de óxido de cálcio, alumina, sílica, resíduos de soda e óxidos de cobre. Era preparado segundo o método de Vitruvius, arquiteto e engenheiro romano, pela calcinação de uma mistura de areia, soda e cobre. Este pigmento tornou-se um importante item de exportação durante os períodos posteriores. As cores naturais incluíam ocres vermelho e amarelo, hematita, calcário amarelo, ouro em folha, malaquita (carbonato básico de cobre), carvão, negro de fumo e gesso natural. Os Egípcios também desenvolveram um pigmento orgânico, formado por uma base preparada com uma planta da região misturada com gesso natural. Os Egípcios empregavam goma arábica, clara e gema de ovos, gelatina e cera de abelha tratada como preparos para seus veículos (ligantes). Piches e bálsamos naturais eram usados como revestimento protetor para seus navios.

Reporta-se ainda que a trincha e a espátula eram usadas em aplicações. Os retratos eram feitos com cera ou mistura de cera e resina natural, a qual podia ser facilmente aplicada naquelas condições climáticas.



O PERÍODO CLÁSSICO
Os materiais utilizados pelos Gregos e Romanos eram similares àqueles empregados pelos Egípcios. Cola e albumina de ovo eram usados como ligantes.

Além dos pigmentos comuns aos Egípcios, os Romanos conheciam outros artificiais, tais como chumbo branco (alvaiade), litargírio, zarcão, óxido amarelo de chumbo, verdete e ossos escuros. Pigmentos orgânicos oriundos de madeira, plantas e misturas com argila e mel eram bastante comuns. O piche era utilizado, durante esse período, para vedação de seus navios e sai mistura com cera, para o fundo dos mesmos. Resina e óleos eram empregados apenas como linimentos.

Não há nenhuma indicação do uso de vernizes nos escritos desse período, exceto um material à base de betume. Muitas das pinturas de Pompéia foram preparadas com massa de óxido de cálcio por artesãos comuns, e a maioria das paredes, pintadas em monocromia. Os Romanos haviam perdido o espírito artístico dos Gregos, que em vão tentavam copiar. Duas escolas de arte existiam, entretanto: uma impressionista e uma realista.

A civilização bizantina usava albumina de ovo, o que acarretou o tradicional uso destes ligantes pelos Italianos durante o século XIV.



A ARTE NO ORIENTE
A técnica de suspender pigmentos em água, com ou sem ligantes, era muito comum desde os primórdios da Europa Renascentista, adquirida através dos Italianos. A mesma prática prevalecia nas decorações das antigas cavernas do Oriente.

Os Persas utilizavam goma arábica como ligante e os Chineses, uma cola fraca com o mesmo propósito. Na Índia, as tintas eram aplicadas com estiletes e trincha, e os lápis de cor eram feitos com arroz cozido.

Tanto os antigos Chineses quanto os Japoneses utilizavam uma série de pigmentos para a preparação de suas cores, tais como azurita, carbonato básico de cobre, malaquita, azul ultramarino, zarcão (vermelho de chumbo), litargírio, caulim, negro de fumo, pó de ouro e outros, provenientes de plantas da região. Muitos desses pigmentos, quando misturados com um ligante adequado, geralmente goma arábica, serviam como pintura sobre finas porcelanas, preparadas pela notável arte oriental.



MATERIAL DOS ÍNDIOS AMERICANOS
Os Índios Americanos e os da costa oeste do Canadá usavam carvão vegetal como pigmento preto para suas canoas e outro tipo de carvão para sua pintura facial. Utilizavam também negro de fumo natural, grafite e lignita em pó, como pigmentos negros. Para a cor branca, usavam diatomita retirada do fundo de alguns lagos ou de ossos calcinados de animais silvestres. Os vermelhos eram obtidos a partir da calcinação do ocre amarelo ou de fungos das pináceas; os azuis e verdes eram preparados do carbonato de cobre e peziza (material proveniente de um fungo que cresce nos restos em decomposição de algumas madeiras). Os ligantes empregados pelos Índios eram ovos de salmão ou óleo de peixe. A banha de carneiro era usada como ligante para seus cosméticos.

Os Maias, na América Central, também possuíam sua maneira própria de preparar revestimentos. Seus pincéis eram feitos de penas ou plumagem de pássaros e nas melhores pinturas eram adicionados ovos de faisão.

Muitas dessas pinturas tinham excelente durabilidade.



A EUROPA MEDIEVAL
Os manuscritos são a principal fonte de informação sobre tintas e vernizes usados durante a Era Medieval na Europa. Aetius, um médico escritor do século VI, foi um dos primeiros a sugerir o uso de óleos para vernizes. O manuscrito de Lucas, da catedral do mesmo nome, escrito muitos anos depois, indica que o uso de cera e cola era um bom ligante para revestimentos. Teophilus, um monge do século XI, fez a primeira descrição sobre a preparação de um verniz óleo-resinoso, com base no cozimento de uma resina natural com óleo de linhaça. Albumina de ovo era ainda um ligante tradicional entre os principais artistas desse período, inclusive no século XIV.



A RENASCENÇA NA EUROPA
Após a Renascença, cresceu o interesse pela utilização de óleos. Durante esse período, cada artista era seu próprio fabricante de pigmentos e veículos. Vernizes à base de breu e óleo de linhaça foram descritos por Cennino Cennini, por volta do século XV, e alguns desses manuscritos estão preservados até hoje no Vaticano e em Florença.

Artistas como Rembrandt e Cuyp, pintores Holandeses do século XVII, usavam como ligantes vernizes óleo-resinosos. Leonardo da Vinci, arquiteto, engenheiro, cientista e artista Italiano do século XVI, também empregava um veículo similar, substituindo os vernizes naturais por óleos. Petitot de Gênova foi um dos primeiros a sugerir, em 1644, que os secantes possuíam valor prático nas tintas, embora o efeito dos secantes sobre os óleos vegetais tenha sido mencionado por Galen, já no século II, e por Marcellus durante o século IV. Naquele período, os óleos eram purificados pelo cozimento com água, e os secantes usados como agentes desidratantes. O fato de o sulfato de cobre promover propriedades secativas devia-se, provavelmente, às impurezas que continha.



A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Watin, em 1773, foi o primeiro a descrever tecnicamente a indústria de tintas e vernizes como a conhecemos hoje. Copal e âmbar eram as principais resinas durante a época da Revolução Americana. As resinas e óleos eram fermentados antes da incorporação, para purificá-los. Terpenteno era empregado como diluente e os pigmentos eram moídos com uma grande pedra de forma cilíndrica.

As primeiras fábricas de verniz foram estabelecidas na Inglaterra, em 1790; na França, em 1820; na Alemanha, em 1830 e na Áustria, em 1843. Mas a Grã-Bretanha e a Holanda foram as primeiras a produzir vernizes com técnicas mais apuradas. J. Wilson Neil, em 1833, foi o primeiro a fornecer detalhes para a produção de verniz. Um dos produtos por ele descritos era fabricado numa proporção de oito libras de resina para dois ou três galões de óleo de linhaça.

Por muitos séculos a formulação de uma tinta foi uma arte sigilosa, cuidadosamente guardada e passada de geração a geração. Como as tintas eram preparadas em quantidades pequenas, utilizando-se moinhos arcaicos e métodos de misturas manuais e trabalhosos, elas eram caras e apenas disponíveis para um pequeno segmento mais abastado da sociedade.

Com o surgimento da indústria de tintas e vernizes no século XIX, os revestimentos orgânicos ganharam, evidentemente, maior difusão popular.



DESENVOLVIMENTO NO SÉCULO XX
Como a maioria das ciências, a indústria de tintas e vernizes, que tinha sofrido pequenas alterações ao longo do tempo, sentiu um tremendo impacto científico e tecnológico surgido no século XX. Novos pigmentos, melhoria dos óleos secativos, resinas celulósicas e sintéticas e uma grande variedade de agentes modificantes começaram a fluir dos laboratórios especializados e das linhas de produção industriais, transformando-se na base de uma corrente infindável de novos revestimentos orgânicos.

O advento de emulsões aquosas e tintas com base em soluções aquosas proporcionaram uma outra dimensão para a variedade, utilização e complexidade no campo das tintas.




TINTAS NO BRASIL

A história da Indústria Brasileira de tintas tem dois começos, igualmente dignos, igualmente significativos. O primeiro, em 1886, na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O segundo, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Os 18 anos e os mil quilômetros que separam as duas iniciativas não representam grande diferença, se considerarmos as semelhanças entre os empreendedores e suas realizações. Os pioneiros são Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina São Cristóvão. Emigrantes alemães, eles encontraram no Brasil pátria e lar. Ao novo país doaram talento, trabalho, espírito criativo e inovador. Traçando seus caminhos na virada do século XIX, eles foram espectadores e personagens dos primórdios da industrialização do país acrescentando, cada um a seu modo e vocação, uma parcela de progresso à nossa cultura e desenvolvimento econômico.

Mais de 100 anos após a fundação da pioneira Hering, um balanço histórico do desenvolvimento da indústria de tintas no Brasil mostra a existência de alguns ciclos bastante definidos.

A Primeira Fase, dos grandes pioneiros, tem início com a fundação da Usina São Cristóvão, em 1904, e se estende até a implantação no Brasil da Sherwin-Williams, em 1944. É o tempo das grandes aventuras empresariais, história de homens obstinados, cuja vida se confunde com a própria obra. É o tempo do auto-didatismo, da criatividade , do artesanato que se transforma em manufatura e atinge o estágio industrial. É a fase dos imigrantes, especialmente os de origem Alemã, que aportam alguma tecnologia e muito trabalho. É o tempo dos Renner, dos Horst, dos Hilpert, dos Kuenerz, dos Muller, dos Marques da Costa, dos Barros, dos Fernandes, dos Marvin, dos Sparapani, de gente que fecundou com trabalho seus sonhos e ambições.

O segundo período engloba os eventos compreendidos entre a chegada da Sherwin-Williams e a implantação da Glasurit no Brasil. Significativamente são duas empresas internacionais que, com diferença de mais de 20 anos, entram no mercado através da aquisição do controle acionário de Indústrias Brasileiras: a Superba, em 1944, e a Combilaca, em 1967. São, da mesma forma, dois marcos mercadológicos bastante definidos. Os americanos da “escola” Sherwin-Williams trazem a Indústria Brasileira para a realidade tecnológica do século XX. A entrada da Glasurit no Brasil, associação promovida pela Combilaca, vai iniciar um processo de concentração industrial irreversível (característica da terceira etapa).

A tônica desta Segunda Fase é a transição entre o trabalho individual de empresários de muita garra que entram no setor (Bueno, Hesse e outros), e o início da implantação de fábricas modernas, com projetos próprios, planejamento mercadológico e tecnologia avançada (Coral e American Marietta). É também o momento em que pequenas empresas implantadas por pioneiros da primeira fase, auxiliadas por circunstâncias favoráveis da expansão do mercado, se transformam em indústrias poderosas, ainda que mantendo características administrativas de empresas individuais ou familiares. Caso da Ideal, da Condoroil, da Globo, da Polidura, da R. Montesano e da Renner Herrmann, entre outras. É ainda um período em que muitas indústrias de expressão desaparecem por inadequação aos novos tempos: Horst, CLI e Usina São Cristóvão são algumas delas.

A Terceira Fase da história da indústria de tintas no Brasil está claramente marcada pelo progresso de internacionalização que presidiu a economia do país a partir da segunda metade dos anos 60. Antes disso, é claro, algumas empresas internacionais já haviam se estabelecido no país. Além da Sherwin-Williams, já tinham vindo a Internacional e a Atlantis (na década de 20), a American Marietta (nos anos 50) e outras de menor expressão. Mas a partir da entrada da Glasurit que o processo de aquisições, fusões e associações se precipita.

São grandes transações, muitas vezes decorrentes de trocas de controle acionário de grupos externos (por esse sistema, a Ypiranga mudou duas vezes de mãos). Dentre as grandes indústrias brasileiras, o crescimento marcante é da Renner Herrmann, que não só absorve grande número de indústrias concorrentes (brasileiras e estrangeiras) como também se expande para o exterior, instalando fábricas no Uruguai e Argentina.

Hoje, o mercado se encontra claramente definido, compreendendo três tipos de empresas no setor de tintas: grandes conglomerados (nacionais e internacionais), empresas de porte médio, com administração de caráter familiar, e pquenas e médias indústrias voltadas ao atendimento de segmentos específicos do mercado.




LINHA DO TEMPO

Datas aproximadas de alguns fatos relevantes na história das tintas:

Séc. 400/250 A.C. – Primeiras pinturas rupestres utilizando pigmentos terrosos naturais (ocres, óxidos, manganita, gesso) e negro de fumo ou osso, tendo como aglutinantes gorduras animais.

Séc. 100 A.C. – O homem deixa as cavernas. A agricultura substitui a caça e surgem aldeias e cidades

Séc. 50 A.C. – Primeiras cerâmicas egípcias. O bronze já é utilizado na Mesopotâmia.

Séc. 40 A.C. – Novos pigmentos são utilizados: malaquita verde, azurita azul e cinábrio vermelho. Os Egípcios empregam a ardósia para produzir tintas verdes para maquiagem e pintura das sombrancelhas.

Séc. 35 A.C. – Na Mesopotâmia surgem os primeiros tornos oleiros.

Séc. 30 A.C. – Sumérios e Babilônios empregam materiais betuminosos para fins de decoração e proteção.

Séc. 25 A.C. – Primeiras cerâmicas Chinesas.

Séc. 23 A.C. – Noé reveste sua arca com alcatrão. Os Hebreus utilizam a coalhada como aglutinante.

Séc. 20 A.C. – Produzido o primeiro pigmento sintético: o azul Egípcio. As pinturas murais do Médio Império são feitas a têmpera, com tintas preparadas com goma de astragalo e aplicadas com pincéis de pêlos ou hastes de juncos.

Séc. 17 A.C. – Na Europa Central são produzidos vasos de argila de colorido metálico, graças ao uso da grafita.

Séc. 16 A.C. – Em Creta, o Palácio é decorado com estuque sobre murais pintados a têmpera.

Séc. 15 A.C. – No Egito, novos aglutinantes são desenvolvidos: goma arábica, clara de ovos, gelatina, cera de abelhas.

Séc. 9 A.C. – Um novo pigmento passa a ser utilizado: o vermelhão.

Séc. 5 A.C. – Na Grécia Clássica são realizadas pinturas murais e cenográficas. Pela primeira vez são pintados quadros móveis, em tábuas revestidas com giz e técnica de têmpera a pincel. Surgem as molduras e o cavalete. Desenvolve-se a técnica da pintura com espátula sobre mármore. É inventada uma gradação de cores para uso dos artistas.

Séc. 4 A.C. – Novos pigmentos passam a ser utilizados: litargírio, mínio, alvaiade, vermelho rúpia e azul índigo natural.

Séc. 3 A.C. – Aristóteles elabora a primeira teoria das cores.

Séc. 1 A.C. – A pintura Romana, a serviço da arquitetura, desenvolve técnicas de têmpera e afresco. Tintas especiais tingem revestimentos de mármore.

Séc. 5 D.C. – Os Chineses pintam com tinta nanquim sobre fundos de seda preparada com cola e alume. Na Índia, com técnica semelhante à européia, são pintados grandes afrescos búdicos.

Séc. 10 D.C. – Os vitrais coloridos passam a integrar a arquitetura das catedrais.

Séc. 14 D.C. – Sob a Dinastia Ming, os Chineses desenvolvem esmaltes de chumbo e tintas resistentes ao fogo, para uso em porcelanas.

Séc. 15 D.C. – Grande desenvolvimento na Europa da xilogravura e da gravura em cobre. Na Holanda é revolucionada a pintura artística: Hubert Van Eyck utiliza pela primeira vez o óleo de linhaça como aglutinante.

Séc. 16 D.C. – Michelangelo pinta a obra prima da técnica do afresco: o teto da Capela Sistina. No ano de 1550 é introduzido o pigmento cochineal.

Séc. 18 D.C. – Em 1704 é introduzido o uso do pigmento azul da Prússia. Em 1737 instala-se a primeira fábrica de tintas norte-americana. Na Europa multiplicam-se as indústrias de tintas para atender à demanda da Revolução Industrial.

Séc. 19 D.C. – É o século da química orgânica, que coloca à disposição do mercado de tintas dezenas de novos pigmentos. São industrializados, entre outros: amarelo de cromo, azul ultramar, óxido de zinco, amarelo de zinco, amarelo de cádmio, violeta de perkins, vermelho para, vermelho litol e índigo sintético. Nos Estados Unidos, em 1860, é registrada a primeira patente de uma tinta pré-misturada, tendo como principais componentes alvaiade, óleo de linhaça e água. No campo teórico, em 1871, Newton lança as bases da moderna ótica física, decompondo a luz nas cores do espectro. Ciência, pesquisa e indústria começam a caminhar juntas na conquista da cor.

Séc. 20 D.C. – Depois da carboquímica é a vez da petroquímica revolucionar o universo das cores e das tintas. Nos primeiros anos do século são industrializados o litopônio e o vermelho toluidina. As tintas à base de caseína dominam o mercado nas técnicas iniciais. Novos solventes e diluentes são lançados.

A partir de 1920 surgem lascas e outros revestimentos à base de nitrocelulose. Inovam-se, em decorrência, os métodos de aplicação industrial. A partir de 1930 sucedem-se as gerações das resinas sintéticas. A pintura imobiliária a Látex é lançada na década de 50. Em 1960 começa a ser empregada industrialmente a pintura eletrostática. A tina se torna uma das mais importantes atividades industriais do mundo.